Curta e grossa, esta entrevista do "guru" nacional dos novos média ao site brasileiro Nós da Comunicação. Como sempre, Paulo Querido, coloca com lucidez o dedo na ferida que grassa pelas redações nacionais. De facto, a experiência e conhecimento que também tenho é que a generalidade dos órgãos de comunicação social portugueses - e sobretudo da imprensa local e regional, desde logo a que mais teria a ganhar com uma aposta séria nas novas tecnologias, extremamente favoráveis ao jornalismo de proximidade, ou mesmo hiper-local - não fazem a mínima ideia do que fazer perante a internet.
Como tal, pisam terreno a medo, à espera que surja (do além?...) um modelo de negócio que seja universal e garantido. Como tal, nem acompanham as tendências, nem arriscam dar o salto para os novos paradigmas de comunicação e informação. E perdem leitores, cada vez mais envelhecidos, todos os dias.
«A convergência aqui é objeto de estudo na universidade, quando muito. Nenhuma redação integrada, grandes dificuldades dos editores on-line em conquistar posição nas organizações. Inovação e criatividade zero nas redações portuguesas. São raríssimas as iniciativas. O jornalismo on-line português está na fase do slideshow em Flash. Acham o máximo, como se tivessem chegado ao topo e não fosse preciso fazer mais nada. E mesmo slideshow é só para dois ou três jornalistas iluminados em cada redação.»: Nós da Comunicação - Entrevistas - Paulo Querido: 'temos inovação e criatividade zero nas redações portuguesas'
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