Um cadáver esquisito

Com algum pudor relativamente ao termo projecto literário, que isto da literatura é assunto demasiado sério para vulgarizações, não encontro por ora melhor designação para o que foi iniciado neste blog há cerca de um mês atrás. Este projecto proto-literário, dizia eu, pretende contar uma história a quatro mãos e duas cabeças: A minha e a da Isabel, basicamente duas pessoas apaixonadas pela leitura e pela escrita que decidiram contar uma história por intermédio de um blogue. Nenhum de nós é escritor, no sentido literário da questão (porque isto de se ser escritor é um assunto demasiado sério para vulgarizações), mas pusemos mãos à obra e deixámos voar o pássaro. Chamámos-lhe Da Natureza do Cadáver. Um título completamente em aberto para uma história completamente em aberto. O ritmo de escrita e publicação de posts, a que poderemos chamar capítulos, é também livre, pretendendo-se no entanto manter uma frequência regular de actualizações. Começou na Alemanha e já vai na Austrália. Quem quiser receber os fascículos na caixa do correio ou no facebook, pode ir ao fundo da página inscrever-se. O cadáver está aqui.

Ciência e religião. Mais uma achega importante.

«(...) As a scientist and a former believer, I see this as bunk. Science and faith are fundamentally incompatible, and for precisely the same reason that irrationality and rationality are incompatible. They are different forms of inquiry, with only one, science, equipped to find real truth. And while they may have a dialogue, it's not a constructive one. Science helps religion only by disproving its claims, while religion has nothing to add to science.(...)»

Column: Science and religion aren't friends - USATODAY.com

Sem título

Uma reflexão sobre a amizade hoje

«(...)Será isto «amizade»? Ou apenas, nesta sociedade atomizada, com as referências vindo e partindo em perpétuo movimento, «uma tentativa de encontrar um sentimento de pertença a um colectivo», como escreve a socióloga Stéphane Hugon? Assistimos ali à construção de relações de proximidade que partem do colectivo para o indivíduo e não o contrário? Pode ser esta a chave para entender a mudança? Se for assim, não será mau de todo. Basta adaptarmo-nos. E ir aproveitando os restos do mundo arcaico feito de afectos conquistados com a epiderme.(...)»

A Terceira Noite » Seinfeld e o Facebook

Um universo do nada

Da literatura

«(...) Uma pessoa que não lê, ou que lê pouco, ou que lê apenas porcarias, pode falar muito, mas dirá sempre poucas coisas, porque para se exprimir dispõe de um repertório reduzido e inadequado de vocábulos. Não se trata apenas de um limite verbal; é, a um só tempo, um limite intelectual e de horizonte imaginário, uma indigência de pensamentos e de conhecimentos, porque as ideias, os conceitos, mediante os quais nos apropriamos da realidade e dos segredos da nossa condição, não existem dissociados das palavras, por meio das quais as reconhece e define a consciência. Aprende-se a falar com precisão, com profundidade, com rigor e agudeza, graças à boa literatura, e apenas graças a ela.(...)»

Mario Vargas Llosa in "Em Defesa do Romance". Integralmente aqui ou aqui

A crise moral

«(…) Apesar desse seu diagnóstico todos os dias ouvimos dizer que a nossa sociedade é, cada vez mais, uma sociedade sem valores, como é que ...