Uma perspectiva negra para o papel. O autor faz um contraditório pertinente à opinião generalizada de que o digital não substituirá o papel. Para Sampo Timonen, o ebook e as plataformas de leitura eletrónica são o canto do cisne do papel. E traça para o efeito a devida analogia com a indústria fonográfica e a presente irrelevância coleccionista dos discos em vinil.
A pertinência advém em grande medida, quanto a mim, da tendência digital avassaladora que se verifica nos Estados Unidos, que são o tubo de ensaio e a rampa de lançamento para quase todas as tendências culturais e tecnológicas relevantes no mundo desde há muito tempo. Nos Estados Unidos é para aí que parece caminhar o mercado e se tudo correr como normal, o resto do mundo acompanhará. A vários ritmos, naturalmente.
As dinâmicas que o autor refere são reais, sem dúvida e o consumo de média em papel terá certamente tendência a descer (como já verifica nos jornais, por exemplo). Salvaguarda que o papel não acabará, mas será, tão só, reduzido à mesma insignificância dos vinis. Mas peca, quanto a mim, por subestimar o papel do papel num mundo mais digital. Ou, por outras palavras, esquece-se que a indústria da celulose também não anda a dormir...: E-Books: the next killer application?
Sem comentários:
Enviar um comentário