Um ateu português

Este comentário excelentíssimo, de um comentarista chamado Diogo, que vai-se a ver tem este blog excelentíssimo, estava neste igualmente excelentíssimo post do Bitaites que tem link no fim:

«Eu sou um ateu convicto, faço do ateísmo uma religião, e não nego o carácter transcendente da vida. O problema não é se deus existe ou não, uma força qualquer que ordena ou está na base do universo. O problema é a «personalidade» dada pelo sentimento religioso a esse «Deus», e aí é que está a grande carraça que é a religião. É o ópio do povo, a poesia dos pobres.

Depois acho sempre um piadão enorme a esses ignóbeis que ainda nem passaram a fase do mito religioso virem «contra-atacar» o ateísmo dizendo que é fundamentalista bélico, muito mau. Até chamam de «satanás», outra personagem do livro poético. É preciso entender que ninguém é ateu do nada, pode parecer irónico mas não é. Eu só quero o direito à realidade. A religião tem de uma vez por todas de ir parar às prateleiras da biblioteca e não fazer parte constituinte da vida, porque o mundo já está farto de ver os resultados de um pensamento mágico que faz AFIRMAções basilares sobre moral, uma força «possivelmente presente» na natureza mas que ninguém conhece e o universo. E é tudo muito ridículo e atrasado quando se está na parvoíce poética. É como ler um livro de amor escrito por uma cona molhada. :oops:

Explicar crenças religiosas na luz [epistemológica, empírica, racional] evolucionista irá sempre comportar um ataque próprio ao fundamento do pensamento religioso. Ser ateu é ser activo não se importando com um caralho, à Epicuro. É a coisa mais perto que se pode ter de um paraíso.»


O ateu que quer prender o Papa | Bitaites

Sem comentários:

A crise moral

«(…) Apesar desse seu diagnóstico todos os dias ouvimos dizer que a nossa sociedade é, cada vez mais, uma sociedade sem valores, como é que ...