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Um mundo de música do outro mundo. Grátis. Aqui: PodOmatic | Podcast - Indie Disco - UNKLE vs. Hybrid vs. MOBY vs. Dead Can Dance

Futuro do Livro discute-se em Coimbra

A Feira do Livro de Coimbra vai ser palco de uma tertúlia sobre O Futuro do Livro, que terá lugar no próximo dia 29 de Abril (5.ª feira), pelas 18h. A sessão conta com a participação de Manuel Portela, Maria Manuel Borges e Rui Bebiano, professores da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra.

O que nos reserva o futuro em matéria de acesso, formato e manuseamento desse companheiro indispensável que é o livro? Deixará de haver livros em papel? O e-book, de que já tanto se fala, predominará? Ou os dois formatos irão coexistir, em função dos utilizadores e das circunstâncias?

Their Duet

Lennon e a responsabilidade individual da felicidade

Lobo Antunes, uma entrevista

Excelente entrevista a Lobo Antunes na edição online da Folha de São Paulo. Destaco dois excertos e fica o link como sempre no fim:

«Quando eu era psiquiatra, tinha a sensação de ser uma enorme orelha onde as pessoas iam despejar coisas. Isso também tem que ver com o fato de não termos quem nos ouça. As pessoas estão muito sozinhas. A nossa solidão é muito grande, ninguém ouve ninguém. Não temos tempo para ouvir o outro, pois perdemos a vida a ganhá-la. Chegamos a casa tão cansados que não temos tempo para os outros. Eu acho um milagre que, com internet, tanto tempo em transporte, marido, mulher, cão, gato, criança, as pessoas ainda leiam. Acho que são uns heróis. As solicitações são tão grandes.»

«A jantares não vou porque as pessoas ficam à espera de que eu diga coisas inteligentes. E esperar isso é como esperar que um acrobata ande na rua dando saltos mortais. Eu sou um homem comum, só que o meu trabalho é fazer livros. Uma vez, um homem encontrou aquela atriz, a Sara Bernhard, em Paris, e perguntou para ela: "A senhora é Sara Bernhard?". E ela: "Vou ser logo à noite". Eu só sou esse tal de Lobo Antunes quando estou escrevendo. E agora estou tentando começar um livro, cheio de medo, como de costume.»


Folha Online - Ilustrada - Lobo Antunes diz que escritores também têm que ser "showmen" - 24/04/2010

Ainda as coisas ridículas

Para que o último post não fique pelo mero insulto: Acho inacreditável que uma gente que celebre a liberdade, já nem digo a democracia, que admito terá que se lhe diga, se contorça toda mentalmente para defender regimes totalitários.

Cuba é uma ditadura que não admite dissidência, uma democracia com muitas aspas, isto é, de partido e doutrina única, onde, como no nosso Estado Novo, só vota quem alinha pela cartilha estatal e onde se reprime a pluralidade e a auto-determinação dos indivíduos. Isto é, é uma democracia dogmática e colectivista, liderada por uma vanguarda dinástica de revolucionários iluminados. Isto é, uma espécie de teocracia secular. Chamar aquilo democracia é no mínimo anedótico. Por isso, a manifestação das mulheres dos presos políticos cubanos só pode ter o nosso apoio, enquanto democratas e enquanto amantes da liberdade. E que se lixe a legalidade cubana.

Também não deixa de ser bizarro que, quando confrontados com a natureza da besta, os amigos do regime cubano levantem logo a bandeira do anti-americanismo primário, atacando os EUA e chutando a questão para canto como se os EUA fosse um assunto pertinente para o caso, que é basicamente o da falta de liberdades. Normalmente são os mesmos que relativizam a importância do fanatismo islâmico na geo-política do Médio Oriente ou desculpabilizam as lideranças africanas corruptas com o espantalho do imperialismo capitalista ou da "globalização". Miopias.

De como a web alarga horizontes

«(...) This study suggests that Internet users are a bunch of ideological Jack Kerouacs. They’re not burrowing down into comforting nests. They’re cruising far and wide looking for adventure, information, combat and arousal. This does not mean they are not polarized. Looking at a site says nothing about how you process it or the character of attention you bring to it. It could be people spend a lot of time at their home sites and then go off on forays looking for things to hate. But it probably does mean they are not insecure and they are not sheltered.

If this study is correct, the Internet will not produce a cocooned public square, but a free-wheeling multilayered Mad Max public square. The study also suggests that if there is increased polarization (and there is), it’s probably not the Internet that’s causing it.»


Op-Ed Columnist - Riders on the Storm - NYTimes.com

Extinto!

O amigo leitor acha que é mais esperto do que uma planta? Então este jogo é para si: Extinct! - Darwin Today

Einstein e o Mistério

«The most beautiful thing we can experience is the mysterious. It is the source of all true art and science. He to whom this emotion is a stranger, who can no longer pause to wonder and stand rapt in awe, is as good as dead: his eyes are closed.», Albert Einstein

A internet, hoje


Cortesia do incontornável Jornalista Programador

Arte Xávega: Um documentário


Da página:

Praticada um pouco por toda a costa centro de Portugal, a Arte Xávega, uma tradição centenária que ganhava vida nos meses de Verão. Foi adquirindo ao longo dos tempos, particularidades únicas em cada praia, onde o sacrifício e a cumplicidade comungam de mãos dadas.
Outrora comum nos areais, a Xávega é hoje, apenas uma memória que se mantém viva através de recriações populares, motivadas por crenças religiosas ou pela promoção turística.
Uma homenagem aos pescadores de mil tormentas. Homens de pele rude, coração devoto à família e aos céus que em cada rebentação inspiram uma promessa vã.

Um documentário de Paulo César Fajardo (2010, Portugal).


E este é o Paulo César Fajardo

Os primeiros dias da Primavera

Um ateu português

Este comentário excelentíssimo, de um comentarista chamado Diogo, que vai-se a ver tem este blog excelentíssimo, estava neste igualmente excelentíssimo post do Bitaites que tem link no fim:

«Eu sou um ateu convicto, faço do ateísmo uma religião, e não nego o carácter transcendente da vida. O problema não é se deus existe ou não, uma força qualquer que ordena ou está na base do universo. O problema é a «personalidade» dada pelo sentimento religioso a esse «Deus», e aí é que está a grande carraça que é a religião. É o ópio do povo, a poesia dos pobres.

Depois acho sempre um piadão enorme a esses ignóbeis que ainda nem passaram a fase do mito religioso virem «contra-atacar» o ateísmo dizendo que é fundamentalista bélico, muito mau. Até chamam de «satanás», outra personagem do livro poético. É preciso entender que ninguém é ateu do nada, pode parecer irónico mas não é. Eu só quero o direito à realidade. A religião tem de uma vez por todas de ir parar às prateleiras da biblioteca e não fazer parte constituinte da vida, porque o mundo já está farto de ver os resultados de um pensamento mágico que faz AFIRMAções basilares sobre moral, uma força «possivelmente presente» na natureza mas que ninguém conhece e o universo. E é tudo muito ridículo e atrasado quando se está na parvoíce poética. É como ler um livro de amor escrito por uma cona molhada. :oops:

Explicar crenças religiosas na luz [epistemológica, empírica, racional] evolucionista irá sempre comportar um ataque próprio ao fundamento do pensamento religioso. Ser ateu é ser activo não se importando com um caralho, à Epicuro. É a coisa mais perto que se pode ter de um paraíso.»


O ateu que quer prender o Papa | Bitaites

A beleza e o poder da ciência: Grandes perguntas, grandes respostas

Reasons to be cheerful

Justiça. Um curso

Um curso de ética e direito online e à borla, da Universidade de Harvard e por Michael Sandel. Uma preciosidade.

«Justice is one of the most popular courses in Harvard’s history. Now it’s your turn to take the same journey in moral reflection that has captivated more than 14,000 students, as Harvard opens its classroom to the world.»

Justice with Michael Sandel - Home

Desenvolvimento humano

Um site que realmente coloca as coisas em perspectiva: World Bank Data Visualizer

Um Atlas mundial de sons

Os sons também são um património, natural ou humano. E algum desse património também se perde. A BBC tem um projecto online no sentido de preservar sons característicos de certos locais. Chama-se "Save Our Sounds".

«We’re really excited about Save Our Sounds, but we need your help to create an audio map of the world. We’re especially keen to preserve endangered sounds for future generations.

You can get involved by sending us sounds from where you live, and then listen your way around the world with our interactive map.»


BBC World Service - Save Our Sounds - Audio Map

A ciência, a moral e a objectividade universal dos princípios

A I Grande Guerra segundo Tardi

Um clássico da Banda Desenhada, este "C'était la guerre des tranchées", do mestre Jacques Tardi, que é também um fresco histórico bastante rigoroso acerca de uma das guerras mais estúpidas e destrutivas da história da humanidade. Infelizmente penso que não está editada em Portugal, mas fica aqui uma amostra: wartre-preview.pdf (Objecto application/pdf)

Manuais de fotografia digital

A fotografia digital sem segredos. E ainda uma bela galeria de imagens de Cambridge. Um projecto de Sean McHugh: Digital Photography Tutorials

Os livros digitais e os limites da pirataria

É errado fazer o download de um ebook pirata depois de termos comprado a versão em papel? Randy Cohen, especialista em ética do NYT acha que não. Que é ilegal, mas que não é imoral. As editoras tradicionais, claro, discordam: The Ethicist - E-Book Dodge - Question - NYTimes.com

O Wikileaks é o futuro do jornalismo?

O site Wikileaks, ultimamente famoso sobretudo pela divulgação de emails privados de cientistas sobre o aquecimento global e do vídeo de um ataque norte-americano em Bagdad, tem elevado a novas fronteiras a noção de jornalismo de investigação e de liberdade de informação. Um artigo a reter: Is This the Future of Journalism? | Foreign Policy

A Grande Muralha cheia de buracos

Excelente retrato este da única indústria original (em contraponto à cultura instalada da cópia) com que a China se começa a impor no mercado global. No caso, no mercado global das ditaduras, que andam atentíssimas aos colossais esforços do PC chinês para controlar o livre fluxo de informação na internet. Um retrato da indústria da censura digital a dar os primeiros passos. E a tropeçar.

«(...) This is China’s censorship machine, part George Orwell, part Rube Goldberg: an information sieve of staggering breadth and fineness, yet full of holes; run by banks of advanced computers, but also by thousands of Communist Party drudges; highly sophisticated in some ways, remarkably crude in others.(...)»

Continua aqui: China’s Censorship Machine Takes On the Internet - NYTimes.com

A Google e o futuro dos livros

«If you care about the future of books, you need to understand the Google Book Settlement. It's a complicated legal document, but we've talked to some of its architects, detractors, and defenders - and break it all down for you.

The Google Book Settlement could easily be the twenty-first century's most important shift in how we deal with copyright in the world of publishing. To understand it, you need a little back story on the previous giant shift in copyright law, which happened about twelve years ago.(...)»


Continua aqui: 5 Ways The Google Book Settlement Will Change The Future of Reading - Futurism - io9

Nação Digital

O novo mundo (vale muito a pena ler o debate que se gerou na página): FRONTLINE: digital nation: watch the full program | PBS

As memórias digitais também morrem

Com o advento da fotografia digital, todos nos habituámos a armazenar milhares de fotografias de tudo e mais alguma coisa. Esquecemo-nos, no entanto, que todas estas memórias se podem perder de um momento para o outro e que nem os DVD's são eternos, apesar de serem bem mais fiáveis do que as "pens": Corremos o risco de perder as fotos de família

A crise moral

«(…) Apesar desse seu diagnóstico todos os dias ouvimos dizer que a nossa sociedade é, cada vez mais, uma sociedade sem valores, como é que ...