Na era digital, os livros não se julgam pelas capas

As capas são um elemento precioso na composição tradicional de um livro. Pela beleza (ou falta dela...), pela publicidade, mas também por uma questão de afagar o ego, mostrando aos outros o que andamos a ler. Com o advento dos ebooks e dos leitores digitais, desaparece o conceito habitual de capa ou de lombada e o acto de ler fica muito mais reservado. Um excelente artigo sobre esta faceta das novas realidades editoriaisIn E-Book Era, You Can’t Even Judge a Cover - NYTimes.com

O futuro do jornalismo é aqui

O futuro do jornalismo digital português passa por aqui, chama-se Alex Gamela e é um dos mais talentosos repórteres portugueses dos novos média. O seu trabalho pode ser apreciado aqui e esta é uma ligação preciosa para quem gostar de andar atento às tendências da informação. Nesta altura está a estudar em Inglaterra e por estes dias apresentou ao mundo uma amostra de excelente jornalismo digital, com um trabalho online sobre os banhos públicos de Moseley e um movimento de cidadãos que os tentam salvar. Além das questões técnicas, dos caminhos que mostra em termos da profissão de informar, é um trabalho inspirador, sobre a força da acção cívica e da comunidade quando toca a preservar património histórico: Moseley Road Baths - Pool of Afection

O sacro poder

«(...) In none of these respects is the Catholic church unique. What makes it different – and what gives this crisis its depth – is the church's power. It had the authority, indeed the majesty, to compel victims and their families to collude in their own abuse and to keep hideous crimes secret for decades. It is that system of authority that is at the heart of the corruption. And that is why Benedict's pastoral letter, for all its expressions of "shame and remorse", is unable to deal with the central issue. The only adequate response to the crisis is a fundamental questioning of the closed, hierarchical power system of which the pope himself is the apex and the embodiment. It was never remotely likely that Benedict would be able to understand those questions, let alone answer them.(...)». Continua aqui: Arrogant, corrupt, secretive – the Catholic church failed to tackle evil | World news | The Observer

Nostalgias

Ainda mais demagógica do que a tese da "crise de valores" é a tese, que lhe está associada, do "antigamente é que era bom". Tenho andado nos últimos tempos, aliás, a pensar escrever um livro sobre isto, qualquer coisa intitulada "antigamente não era bom" ou coisa parecida.

Este discurso saudosista é interclassista, transversal à sociedade. É repetido por taxistas e por senadores de qualidade duvidosa como Almeida Santos. E é um discurso corrosivo, que acaba por minar o próprio estado de alma nacional. Porque a realidade é que nem os "valores" estão em "crise", nem antigamente foi melhor. Ainda que estejamos longe da excelência. Isto é, no meio termo há um longo caminho virtuoso que foi percorrido e que injustamente desprezamos.

Hoje passou-me pelos olhos uma prosa de uma figura grada do CDS de Coimbra, que no diário As Beiras citava o bullying como exemplo evidente da degradação educativa nacional e dos valores que supostamente se perderam. Como se "antigamente", ou até só há trinta anos atrás, que é o meu horizonte escolar de vida, não existisse bullying ou discriminação, e como se a escola não tivesse sido durante séculos um sítio de violência correctiva indiscriminada. Certamente tão ou mais traumática e geradora de personalidades violentos do que muito assédio no recreio.

Os tempos mudam e novos problemas se levantam, como a indisciplina crescente ou o laxismo avaliativo, reflexos da massificação e da democratização do ensino a que finalmente chegámos, depois de um longo antigamente maioritariamente para esquecer. Face a isso, aos novos desafios que a modernidade está e estará sempre a trazer à tona, podemos exigir ou lutar por novos caminhos, como a maior democratização da escola privada ou a maior responsabilização da família que o próprio articulista do CDS também defende e bem. O que não podemos é suspirar por um passado que nunca existiu e por uma superioridade moral que só existe na cabeça dos fadistas do Restelo.

Ainda a propósito da derrota da China na guerra da informação

«(...) Ms. Jones described a chaotic scene for Internet companies in China. She said attacks from hackers were rampant, fraudulent payments were common, and spammers worked without fear of punishment from the government.

Representative David Wu, Democrat of Oregon, said he thought more companies would follow the example of Go Daddy and Google and cut back operations in China. “Pretty soon you have a cascade going,” Mr. Wu said. “There is a difference between compliance and complicity.”(...)» Google Official Calls for Action on Internet Restrictions - NYTimes.com

ET's

Um Henrique Cardoso escreveu uma crónica no Expresso Online a dizer assim: «A Igreja tem o monopólio da pedofilia? Se um ET chegasse hoje a Portugal, ficaria a pensar que a Igreja Católica tem o monopólio da pedofilia, e colocaria a palavra "padre" como único sinónimo da palavra "pedófilo"» e depois continuava por ali abaixo, desenvolvendo este mote em defesa do clero. Eu fui lá e disse-lhe assim:

Se os ET's tivessem o mesmo calibre intelectual do colunista, certamente pensariam tal coisa. Qualquer cidadão minimamente racional e esclarecido pensaria noutros termos. Certamente que não pensaria que a Igreja Católica tem o monopólio da pedofilia. O que pensaria é que esta que tem uma responsabilidade acrescida - pela sua auto-proclamada superioridade moral e pelo facto de ser uma organização eminentemente masculina que lida directamente com milhões de crianças - de acautelar e agir firmemente contra este tipo de coisas. O que nunca aconteceu.

O problema aqui, que o senhor colunista e outros fiéis parecem não perceber, nem é só o facto de existirem padres pedófilos, é sobretudo a forma como a Igreja Católica, incluído o actual Papa, lidou durante séculos com este problema. Ou melhor, como não lidou. Ou ocultou, sendo cúmplice pelo silêncio; ou aplicou penas pesadíssimas como transferências de paróquia ou de serviço. E só reagiu com firmeza (?...) quando os casos começaram a ser descobertos pelos média nos últimos anos - e só resta saber quando é que a batata quente explode também em Portugal... Mas até aí assobiaram para o ar e varreram para baixo do tapete. E isso é que é vergonhoso. E isso é que compromete definitivamente a legitimidade moral da instituição. Esta tendência de auto-vitimização (coitadinha da ICAR, tão injustamente atacada...), expressa por este cavalheiro Raposo, é não só ridícula como desonesta.


Entretanto, desenvolvimentos

De como os jogos podem fazer um mundo melhor

O que a China tem a perder com a saída da Google

O embate entre o governo chinês e a Google(mais importante e revelador de algo profundo do que possa parecer aos mais distraídos) continua a escalar. A Google mantém-se fiel à sua política de liberdade de informação, que é, no fundo, o seu modelo de negócio (felizmente para nós), e Pequim não só não recua como reforça a censura e o controle da informação. Além do motor de busca censurado, a firewall chinesa não deixa passar serviços para nós tão banais como o Twitter, o Facebook ou o Youtube.

Esta, no entanto, é uma batalha que a China inexoravelmente perderá. E não é só pela vitória moral da empresa norte-americana, que lhe granjeará clientes e adeptos no resto do mundo, que é mercado mais do que suficiente para continuar no topo; é também porque é mais uma machadada na própria competitividade das empresas tecnológicas locais.

«(...) The cost, at least with some influential sectors of its own society, could be steep. In the technology sector, Google is viewed as an innovator that has spurred rapid development of the Chinese Web. Its departure will leave some Chinese companies with greater influence, but could also stifle competition, some fear.

"Google is good at innovation, and when it leaves, the rest of the companies in China will lack motivation. Without its countervailing power, the industry won’t be as healthy,” said Zhang Yunquan, a professor at the Institute of Software at the Chinese Academy of Sciences.

Fang Xingdong, chief executive of Chinalabs.com, said the vast majority of Chinese Internet companies invested little in research and “simply copy each other’s technology.” With Google’s departure, their profits may rise, but China’s Web space will begin to stagnate, he predicted(...)»
: Stance by China to Limit Google Is Risk by Beijing - NYTimes.com

Leitores digitais: A guerra dos preços

E eis o mercado a funcionar. A guerra dos preços entre os principais produtores de eReaders (leitores digitais), sobretudo os gigantes Sony e Amazon, já está ao rubro e não tarda muito que chegue ao nível dos bolsos mais modestos, como os nossos: Battle of the e-readers heats up with price war - Editors Weblog

Queridas Ondas na Rede

A nova coluna de Paulo Querido no Correio da Manhã. Para quem, como eu, dispensa o Correio da Manhã e acha Paulo Querido indispensável, existe também em forma de blogue. Impressões do mundo e da internet.

Arrancou ontem. E hoje destaca a pedofilia católica apostólica romana e um projecto web de dois jovens de Coimbra, uma espécie de rede social de partilha gastronómica chamada InnerDinner, com todos os ingredientes para ser um sucesso global.

A nova presença mediática de Querido, está aqui: Ondas na Rede

Ler e a rede: Textos sem contexto

De como a web nos está a mudar, sobretudo enquanto leitores de livros ou consumidores de conhecimento, arte e entretenimento, nem sempre para melhor. Perspectivas mais negras da revolução digital e dos novos média. De como a dispersão prejudica a profundidade: Reading and the Web - Texts Without Context - NYTimes.com

Foi bonita a festa, pá



Hoje foi um dia histórico em Portugal. Por todo o país, dezenas de milhar de pessoas saíram à rua e fizeram a festa da limpeza, uma demonstração de civismo colectivo de que não tenho memória.

O Projecto Limpar Portugal saiu à rua e provou três coisas: o poder da rede no contexto da democracia participativa; a falência da tese pessimista da crise de valores; e que o povo português não é tão apático como parece. E que se alguma coisa está a mudar na nossa sociedade, está a mudar para melhor.

Provavelmente é excesso de optimismo - porque também lá andei, vi o entusiasmo e o número de voluntários em acção no terreno e ando envolvido na organização do meu concelho há uns meses - mas para mim é uma data a assinalar na história do activismo ambiental do nosso país. Ficou imenso por limpar, as nossas matas são efectivamente imundas e indignas de um país civilizado, mas as largas dezenas de toneladas de lixo que foram removidas nem sequer são, quanto a mim, o que de mais importante saiu desta acção nacional.

Além de termos ficado todos mais conscientes da imundice que alastra na nossa natureza, da sensibilização, da mobilização, o que de mais importante aconteceu, quanto a mim, foram as sementes lançadas ao terreno. Por todo o país, se multiplicaram estruturas distritais, concelhias ou de freguesia; por todo o país milhares de voluntários que não se conheciam uns aos outros de lado nenhum, irmanados na mesma causa e na mesma meta, aprenderam a trabalhar uns com os outros e a organizar um evento desta grandeza, com esta complexidade logística, do zero. Não tenho dúvida que em muitos concelhos ou freguesia, este movimento não se vai extinguir depois do dia de hoje. Poderá ter outras designações ou formas, mas vai dar sem dúvida azo a mais acção no futuro. Até porque seria um desperdício, dispersar toda esta energia...

A todos os colegas voluntários do PLP, um grande Bem-Haja!

Brasileiros atentos ao futuro do livro

No contexto do 36º Encontro de Editores e Livreiros do Brasil, São Paulo será palco do 1º Congresso Internacional do Livro Digital no final deste mês. Um evento a acompanhar com atenção por quem se interesse pelas tendências editoriais e pelo futuro do livro: Congresso do Livro Digital

O desencanto consequente

A não perder, esta entrevista ao activista norte-americano Abe Osheroff. A conversa foi conduzida em 2005 mas as suas inquietações são intemporais. Osheroff morreu em 2008 e é um dos heróis dos direitos cívicos e da esquerda norte-americana. É também uma mente brilhante. Um homem realizado que perdeu a esperança; um homem de acção sem utopias nem ilusões. “Hope is a kind of religion, and religions don’t work”. A propósito de um documentário sobre a sua vida agora lançado: No Utopias - Killing the Buddha

O poder extraordinário da web segundo a BBC

A web e o que mudou nas nossas vidas. Para o melhor e para o pior. Uma magnífica série de reportagens sobre a revolução digital em curso. As tendências, os perigos, as virtudes. Um mimo do melhor jornalismo do mundo: BBC World Service - Special Reports - SuperPower: The Extraordinary Power Of The Internet

Adéle Blanc-Sec segundo Besson

E esta é um must para todos os aficionados de banda desenhada. Qualquer um que se preze reconhece a grandeza do grande mestre Tardi. E, sobretudo, da sua fantástica série com as delirantes desventuras da improvável heroína Adéle Blanc-Sec pelas catacumbas esotéricas e pelas catedrais de Paris povoadas por monstros e criaturas bizarras. Pois é esta mesma heroína que foi adaptada ao cinema pelo também francês Jean Luc Besson, em filme que não tardará a estrear. Por falar em adaptações de Banda Desenhada - e para variar das adaptações norte-americanas dos "comics" e das graphic novels - estava aqui a pensar em certas obras da BD europeia "clássica" que dariam filmes soberbos, como o fabuloso Silêncio, de Comés, ou as sagas de Valerian ou do Vagabundo dos Limbos. Sem falar nas sagas do Manara...
Para já, aí vêm as Aventuras Extraordinárias de Adéle Blanc-Sec: 

Os inimigos da rede livre

Gigapan: Altíssima definição

Para amantes do pormenor: gigapan: The GigaPan(SM) process allows users to upload, share, and explore brilliant gigapixel+ panoramas from around the globe.

Livros: A guerra do hardware

Na óptica deste artigo a emergência do Kindle e do seu (até ver...) arqui-rival da Apple, o iPad, marca uma viragem histórica na actividade editorial e no acesso aos livros. Da mesma forma que o mp3 revolucionou a indústria e o consumo da música.

O autor refere-se naturalmente, sendo a revista americana, à realidade do seu país e de outros países do primeiríssimo mundo, mas como sempre, a tendência de universalização dos dispositivos e dos novos média que lhes vêm associados, é imparável.

Assim a Apple ou a Amazon comecem a olhar para Portugal como um mercado interessante (que não é) e assim as Sony's deste mundo comecem a oferecer alternativas mais baratas e assim as editoras e livreiros nacionais comecem a apostar a sério nos novos formatos e assim os portugueses percam o medo de comprar na web. E etc. Enfim, mais tarde ou mais cedo.

A ler: E-Donnybrook - Magazine - The Atlantic

A edição precisará sempre de mediadores

Por sugestão dos excelentíssimos alfaiates, um excelente artigo acerca da importância da figura do editor na era digital. Imprescindível, como sempre desde que há livros: Publishing will always need its gatekeepers | Books | guardian.co.uk

Pois certamente que sim...

Excelente, este artigo de hoje de Paulo Querido. Da cegueira irracional da lacrimosa indústria dos média face ao mundo que a contempla como um palácio a olhar para um burro e ao futuro que se segue: Racionalidade, amén | Paulo Querido, em Certamente!

Em que é que a internet nos está a transformar?

"A Internet está a fazer-nos mais inteligentes. Este é um dos resultados do mais recente inquérito do Pew Research Center. Pelo quarto ano consecutivo, a Pew Internet & American Life Project e a Elon University's Imagining the Internet Center levam a cabo o estudo «Future of the Internet», no qual pretendem lançar luzes de como a tecnologia irá afectar o ser humano nos próximos dez anos": Inquérito revela prós e contras da Internet

O triunfo dos ebooks e a irrelevância do papel?

Uma perspectiva negra para o papel. O autor faz um contraditório pertinente à opinião generalizada de que o digital não substituirá o papel. Para Sampo Timonen, o ebook e as plataformas de leitura eletrónica são o canto do cisne do papel. E traça para o efeito a devida analogia com a indústria fonográfica e a presente irrelevância coleccionista dos discos em vinil.

A pertinência advém em grande medida, quanto a mim, da tendência digital avassaladora que se verifica nos Estados Unidos, que são o tubo de ensaio e a rampa de lançamento para quase todas as tendências culturais e tecnológicas relevantes no mundo desde há muito tempo. Nos Estados Unidos é para aí que parece caminhar o mercado e se tudo correr como normal, o resto do mundo acompanhará. A vários ritmos, naturalmente.

As dinâmicas que o autor refere são reais, sem dúvida e o consumo de média em papel terá certamente tendência a descer (como já verifica nos jornais, por exemplo). Salvaguarda que o papel não acabará, mas será, tão só, reduzido à mesma insignificância dos vinis. Mas peca, quanto a mim, por subestimar o papel do papel num mundo mais digital. Ou, por outras palavras, esquece-se que a indústria da celulose também não anda a dormir...: E-Books: the next killer application?

Photosynth: imagens em 3D

Outro serviço web que saiu recentemente dos Live Labs da Microsoft e que permite fazer coisas fantásticas com fotos digitais: Photosynth: Your photos, automatically in 3D.

Seadragon: fotos à lupa

E eis uma das "brincadeiras" em que andam entretidos os criativos da Microsoft. Ideal para fazer zoom a qualquer imagem que se encontre na web: Seadragon.com

Super-chip de cristal

O futuro da informática passa pelos cristais?: cristais mistério com memória de elefante

A Sony contra-ataca

A Apple não foi pioneira nesta tecnologia dos tablets mas, como é habitual, foi pioneira no espalhafato. Já vêm a caminho, no entanto e como previsível, novas e melhores alternativas. Sobretudo tendo em conta a proverbial cultura tribal da empresa da maçã colorida, avessa a aplicações terceiras e freewares. As propostas da Sony serão sem dúvida mais atraentes para o grande público. Esperemos que também a nível do preço.

Penso que o mercado português irá responder mais lentamente, mas o boom recente de vendas de laptops e de dispositivos portáteis é um bom prenúncio da deslocação gradual da informação e do conhecimento para o digital. No que toca aos livros, só falta uma dinâmica e uma estrutura de produção de conteúdos à altura desta tendência e um ambiente mais favorável de negócio - Seja a nível de empresas ou grupos editoriais, seja a nível de autores e editores independentes; Seja a nível de conteúdos digitais ou "on demand". Mas o futuro dos livros e dos média passa sobretudo por aqui: Sony apostada em rivalizar com Apple

O Facebook como plataforma de activismo... em defesa do jornalismo

Como já aqui referi, a discussão em Itália em torno da liberdade de imprensa, de pressões políticas sobre os média ou da concentração dos média é de uma dimensão tal que reduz o debate português a uma certa insignificância. Não será, então, por acaso, que a própria "sociedade civil" esteja muito mais mobilizada para estas questões. E o Facebook (a própria lógica aberta e livre da rede e da web 2.0, que alguns em Itália procuram inutilmente controlar) revela-se uma ferramenta poderosa de contra-poder e esclarecimento. Já se comprovara no Irão, confirma-se agora em Itália: Italians use Facebook to defend journalism - Editors Weblog

Os direitos do consumidor na era digital

Interessante, este último flash-report do Observatório da Comunicação. Entre outras coisas, confirma intuições acerca da credibilidade da comunicação social e ao muito caminho que os novos-média têm de fazer em Portugal para ganhar a confiança dos públicos. A rádio ainda é o meio mais credível: OberCom - Protecção do Consumidor na Era 2.0

Absurdos modernos

Porto Editora aposta nos conteúdos digitais para suportes móveis

«Segundo o responsável, estão disponíveis "resumos de estudo de obras em língua portuguesa de autores consagrados que são abordados no ensino secundário", com vista a "apoiar o estudo dos alunos que, quando estão a preparar-se para os exames, podem agora aceder a conteúdos via telemóvel", seja para leitura ou audição.

Às obras «Felizmente Há Luar», de Luís de Sttau Monteiro, e «O Memorial do Convento», de José Saramago, juntar-se-ão, em breve, «Os Maias», de Eça de Queirós, «Frei Luís de Sousa», de Almeida Garrett, «Mensagem», de Fernando Pessoa, ou «Os Lusíadas», de Luís de Camões»
: «Adaptar conteúdos aos dias de hoje sem substituir os antigos»

A ciber-guerra e a instrumentalização do medo

Uma outra perspectiva acerca do perigo cibernético. De como também há gente interessada em manter o medo e de como alimentar a psicose colectiva do terrorismo e da guerra na rede também é um negócio da china - tal como é, em certa medida, a psicose (ainda que talvez mais justificada) dos vírus informáticos, que alimenta uma indústria anti-viral bilionária. Trata também de resquícios, poderosos, da administração Bush. Não iria tão longe ao ponto de desvalorizar o perigo, que é real, mas não há dúvida que a sua sobre-valorização interessa a alguém: Cyberwar Hype Intended to Destroy the Open Internet | Threat Level | Wired.com

Fotos com efeitos. Uma ferramenta online

E eis uma forma simples de transformar as suas fotografias em arte digital. Quer dizer, não será necessariamente arte, mas pelo menos é uma ferramenta divertida e acessível a qualquer um, mesmo que não domine a arte da edição digital fotográfica. Sobretudo para quem gosta de mostrar imagens de perfil originais. Tem o senão de deixar nas imagens o nome do site, mas também não é nada que não se resolva com qualquer programa básico de edição de imagem, cortando as letras: BeFunky.com - Photo effects with one click, Turn your photos into artwork.

Quanto custa produzir um ebook?

Making the Case for iPad E-Book Prices - NYTimes.com

O ano 2000 segundo futurologistas de 1910...

A crise moral

«(…) Apesar desse seu diagnóstico todos os dias ouvimos dizer que a nossa sociedade é, cada vez mais, uma sociedade sem valores, como é que ...